Muitas mulheres se perguntam se é possível receber o auxílio maternidade mesmo após pouco tempo de trabalho. A boa notícia é que sim — em vários casos, o benefício pode ser garantido, mesmo com poucas contribuições ao INSS.
Neste artigo, você vai entender quem tem direito, o tempo mínimo exigido e como solicitar o benefício.
O que é o Auxílio Maternidade?
O auxílio maternidade, também conhecido como salário maternidade, é um benefício pago pelo INSS para garantir uma renda durante o afastamento do trabalho por motivo de parto, adoção, aborto não criminoso ou guarda judicial para fins de adoção.
Ele tem o objetivo de proteger financeiramente a mulher durante esse período e permitir que ela possa cuidar do bebê com tranquilidade.
Quem tem direito ao auxílio maternidade?
O benefício é destinado a todas as mulheres que contribuem para o INSS, incluindo:
- Trabalhadoras com carteira assinada (CLT);
- Contribuintes individuais (autônomas e MEIs);
- Seguradas facultativas (quem paga o INSS sem vínculo de trabalho);
- Empregadas domésticas;
- Seguradas especiais (trabalhadoras rurais);
- Desempregadas que ainda mantêm a qualidade de segurada.
Trabalhei pouco tempo: ainda tenho direito?
Sim, é possível ter direito ao auxílio maternidade mesmo com pouco tempo de contribuição, mas as regras variam conforme o tipo de segurada.
1. Trabalhadora com carteira assinada
Se você foi registrada em carteira, não há tempo mínimo de contribuição.
Basta estar empregada no momento do parto ou afastamento.
Nesse caso, a empresa paga o benefício e é reembolsada pelo INSS.
2. Autônoma, MEI ou contribuinte individual
É preciso ter pelo menos 10 contribuições mensais antes do parto.
Ou seja, quem trabalhou e contribuiu por menos de 10 meses ainda não tem direito — mas pode completar as contribuições para se habilitar ao benefício.
3. Segurada facultativa
Segue a mesma regra das autônomas: 10 contribuições mensais.
Se você parou de contribuir, há um período chamado “período de graça”, em que o direito ainda pode ser mantido por até 12 meses após a última contribuição.
4. Desempregada
Se você trabalhou e contribuiu, mas está desempregada, ainda pode ter direito.
Desde que o parto ocorra dentro do período de graça (até 12 meses após a demissão, podendo chegar a 24 em alguns casos), o benefício continua garantido.
E se eu engravidar durante o primeiro emprego?
Mesmo que tenha trabalhado apenas alguns meses, a gestante com carteira assinada tem direito integral ao auxílio maternidade.
O pagamento será feito normalmente, e o período de licença costuma ser de 120 dias.
Como solicitar o benefício pelo INSS
O pedido do auxílio maternidade pode ser feito online, pelo portal Meu INSS.
Basta seguir os passos:
- Acesse o site ou aplicativo Meu INSS;
- Clique em “Novo pedido”;
- Escolha “Salário-maternidade”;
- Envie seus documentos (CPF, RG, comprovantes de contribuição e certidão de nascimento do bebê ou atestado médico, se for o caso);
- Aguarde a análise do INSS.
O acompanhamento também pode ser feito pelo próprio aplicativo.
Dica importante: mantenha suas contribuições em dia
Mesmo que você esteja sem emprego formal, vale a pena continuar contribuindo como segurada facultativa ou MEI.
Assim, garante o direito a benefícios como auxílio maternidade, auxílio-doença e aposentadoria no futuro.
Ter trabalhado pouco tempo não impede o direito ao auxílio maternidade, principalmente para quem tem carteira assinada ou manteve contribuições recentes.
O essencial é entender qual categoria de segurada você se encaixa e verificar se ainda está dentro do período de graça.
No Mãe Social, você encontra informações claras e atualizadas para garantir seus direitos e viver a maternidade com mais segurança e tranquilidade.

